Acadêmico de Engenharia Química comprova eficiência do carvão ativado produzido em Videira
O núcleo biotecnológico da Unoesc Videira vem desenvolvendo centenas de pesquisas, muitas delas buscando reaproveitar resíduos das agroindústrias da região. Para tal, além de outros tantos equipamentos, a instituição utiliza um forno tubular, com atmosfera de N2 (gás nitrogênio), que consegue transformar qualquer resíduo orgânico, após prévia ativação química, em carvão ativado. O trabalho, que permite avaliar estrutura […]
Publicado em 18/11/2019
Por Unoesc
O núcleo biotecnológico da Unoesc Videira vem desenvolvendo centenas de pesquisas, muitas delas buscando reaproveitar resíduos das agroindústrias da região. Para tal, além de outros tantos equipamentos, a instituição utiliza um forno tubular, com atmosfera de N2 (gás nitrogênio), que consegue transformar qualquer resíduo orgânico, após prévia ativação química, em carvão ativado. O trabalho, que permite avaliar estrutura e eficiência do carvão ativado, foi desenvolvido pelo curso de Engenharia Química da Unoesc Videira, em parceria com outros setores da Universidade Federal do Paraná
Para atestar e comprovar a eficácia do resultado, o acadêmico do curso de Engenharia Química, Alison Neves, orientado pelos professores Edson Luiz de Souza e Rodrigo Geremias, utilizou o laboratório de microscopia eletrônica da Universidade Federal do Paraná (UFPR), para produzir imagens com aumento de 5000 vezes do carvão ativado, composto a partir do bagaço da produção de chope artesanal.
— A eficiência e qualidade dos produtos formados são obtidas através de análises mais aprofundadas, como a acima descrita, a fim de garantir que os poros formados irão adsorver (fixar) produtos químicos durante um processo de purificação — explica Rodrigo Geremias, Coordenador do curso.
Geremias ressalta que, entre as diversas aplicações do carvão ativado, podem-se citar sistemas de purificação de óleos, bebidas, ar e gases, adsorção de subprodutos químicos, suporte catalítico e sua ampla utilização no tratamento de efluentes.
Conforme o professor, responsável pela parceria, a precisão das imagens ajuda a entender se o processo utilizado e a escolha dos resíduos foram corretos e, a partir dessas observações, colher pistas de como melhorar ainda mais.
— Os resultados obtidos mostram, quando se comparam a figura 1 (carvão sem tratamento) e as figuras 2 e 3 (carvão produzido com tratamento químico), que os poros foram formados nas partículas de carvão. Nesses poros é onde ocorre o processo de adsorção, sendo que as imagens podem ser conferidas na galeria de fotos — reiterou.
A parceria continuará aberta para outros acadêmicos que desejem produzir novos materiais na Unoesc Videira
Curso de Engenharia Química
O curso de graduação de Engenharia Química tem duração de 10 semestres, nos quais objetiva-se transformar matéria-prima em produtos, realizando transformações físico-químicas. Os profissionais desta área podem trabalhar em setores metal-mecânico, nuclear, automobilístico, celulose e papel, alimentos, cosméticos, fármacos, fertilizantes, dentre inúmeros outros, podendo ainda, desenvolver pesquisas, análises e supervisionar ou coordenar equipes de trabalho.