Acadêmicos apresentam pesquisas voltadas à produção de energia limpa em congresso na Espanha
Quatro acadêmicos dos cursos de Engenharia da Unoesc, juntamente com o professor Pablo Belchor, participaram da Conferência Internacional sobre Energias Renováveis e de Qualidade de Energia, entre os dias 25 e 27 de março, na Espanha. A Unoesc e mais quatro universidades brasileiras, se reuniram a outras universidades da América do Sul e Central, Europa, […]
Publicado em 29/04/2015
Por Unoesc
Quatro acadêmicos dos cursos de Engenharia da Unoesc, juntamente com o professor Pablo Belchor, participaram da Conferência Internacional sobre Energias Renováveis e de Qualidade de Energia, entre os dias 25 e 27 de março, na Espanha. A Unoesc e mais quatro universidades brasileiras, se reuniram a outras universidades da América do Sul e Central, Europa, Ásia e Oriente Médio durante o evento.
Enquanto alunos de graduação e recém formados, caso específico da Mayra Klein, eles tiveram a oportunidade de adentrar em um ambiente totalmente voltado às pesquisas executadas por doutores e estudantes de doutorado pertencentes aos mais diversos perfis de instituições científicas ao redor do mundo.
— Essa experiência mudará para sempre a maneira destes acadêmicos pensarem a importância da ciência e tecnologia no desenvolvimento de um país — avaliou o professor.
As pesquisas, que foram apresentadas nesse congresso, estão relacionadas à área de “células a combustível”, um dispositivo eletroquímico capaz de produzir energia tendo apenas vapor de água como resíduo.
Cada um dos quatro estudantes que compareceu ao congresso contribuiu de uma maneira muito específica para o bom andamento das apresentações. O acadêmico do curso de Engenharia de Produção Mecânica, Gabriel Benetti, um dos líderes do grupo, projetou todas as estruturas sólidas necessárias para execução das simulações fluidodinâmicas computacionais.
Já Paloma Barbieri da Engenharia de Produção e João Bottin da Engenharia Química, fluentes em língua inglesa, foram essenciais durante as apresentações orais e a comunicação do grupo durante toda a estadia na Europa. Mayra Klein, formada no início deste ano em Engenharia Civil, ficou responsável por todos os detalhes da viagem. Evandro Mathias estudante de Engenharia de Produção, que não pôde ir à Espanha, colaborou na redação das pesquisas científicas, ainda no Brasil.
— Outro benefício desse congresso foi a ampliação da carreira acadêmica por meio de novos contatos, o famoso networking — ressaltou.
A engenheira Mayra Klein, por exemplo, através de um contato realizado durante o congresso, negocia a oportunidade de ingressar no mestrado em “Eficiência Energética em Edificações” na Universidade de Coimbra, em Portugal.
— Além da publicação dos trabalhos nos anais do congresso e dos certificados ganhos pelos estudantes em função da participação e das apresentações, o Journal of Energy and Power Engineering, jornal científico internacional, nos convidou para publicar um dos trabalhos — relatou.
O grupo busca também patentear uma série de tecnologias desenvolvidas durante as pesquisas, para assegurar a propriedade industrial e exploração financeira dos resultados. De acordo com o professor, dentro de um intervalo de quatro anos, a meta é equilibrar o número de testes práticos com a simulação.
— Apesar de determos todo o conhecimento necessário para fabricar o dispositivo, deparamos atualmente com problemas relacionados ao alto custo dos testes práticos. Os eletrodos presentes na célula, por exemplo, têm como catalizador básico a platina, um metal nobre com custo elevado. Mas acredito que os resultados científicos obtidos facilitarão a arrecadação de recursos financeiros junto à iniciativa privada e ao governo por meio de projetos, permitindo assim um aprofundamento cada vez maior das pesquisas — afirmou.
A opinião dos acadêmicos
“A experiência foi fantástica, conheci outra cultura e constatei a importância desse tema para o mundo inteiro. A pesquisa lá fora é bastante valorizada, é a base para qualquer profissional.” Mayra Klein (Engenheira Civil)
“Foi algo totalmente novo, algo que eu não esperava, principalmente porque eu saí do chão de fábrica, entrei na faculdade e agora tive essa oportunidade de ir para um congresso internacional. É uma experiência que renova e motiva. Consegui contatos de fora e pretendo seguir na área da pesquisa, já penso no mestrado”. João Bottin (do curso de Engenharia Química)
“Conhecer restaurantes, visitar pontos turísticos e ter contato com outros profissionais, tudo foi muito bom, porém o mais interessante foi perceber o tanto que eles dão valor aos pequenos detalhes nas pesquisas”. Gabriel Benetti (do curso de Engenharia de Produção Mecânica)