Acadêmicos de Engenharia Florestal visitam sistemas Silvipastoril e Agroflorestal

Os acadêmicos da 7ª fase do curso de Engenharia Florestal, da Unoesc Xanxerê, participaram de uma atividade de campo, durante o componente curricular de Agrossilvicultura, ministrado pelo professor Guilherme Ferraz de Arruda.

A atividade ocorreu durante uma manhã e uma tarde. Assim, pela parte da manhã, em São Lourenço do Oeste, conheceram duas propriedades rurais com Sistema Silvipastoril (integração floresta-pecuária). Nesse local, puderam observar as principais características e vantagens desse modelo, em que se destaca o consórcio entre o componente arbóreo Eucalyptus spp e o componente pastoril gado bovino leiteiro associado à pastagem com gramínea missioneira gigante. Além dos ganhos com a madeira, ficou nítido o benefício aos animais, tanto nutricional como no conforto térmico durante o pastejo.

À tarde, visitaram uma propriedade rural em Jupiá, com modelo de Sistema Agroflorestal (integração floresta-agricultura), conhecida como Agrofloresta Périco, implantada em 2011 também pela Epagri. Nela, foram plantadas diversas espécies arbóreas madeiráveis, frutíferas e recuperadoras de solo em consórcio com espécies agrícolas para consumo alimentar e medicinal, compondo um sistema integrado produtivo.

A atividade foi realizada em Unidades de Referência Tecnológica (URT) da Epagri, com o acompanhamento dos extensionistas da instituição Volmir Pinto de Oliveira, Nelson Hayashi e Kátia Scapini Dalla Cort.

— Considero que a atividade prática permitiu um contato direto dos acadêmicos com produtor rural e extensionistas, comprovando que trabalhar com sistemas silvipastoril e agroflorestal é excelente opção para melhor aproveitamento de áreas rurais. Serviu também para mostrar aos acadêmicos mais uma área de atuação profissional do engenheiro florestal — avalia o professor Guilherme.

Aprofundamento de estudos

Para o acadêmico Elcionei Leal do Nascimento, a visita despertou o interesse em aprofundar os estudos nessa área.

— A visita foi bastante interessante, principalmente com relação às espécies de gramíneas que mais se adaptam a locais sombreados. Assim, chamou a atenção conhecer as várias espécies de eucalipto que compõem o sistema, visualizar o desenvolvimento delas no campo e as diferenças qualitativas e quantitativas — avalia.

A acadêmica Tainá Carnera da Silva compartilha da avaliação.

— A atividade de campo nos mostrou, na prática, como os sistemas Agroflorestal e Silvipastoril apresentam vantagens ao produtor rural. O conhecimento passado aos acadêmicos deixa claro que, em qualquer sistema utilizado pelos agricultores, na maioria das vezes, as árvores plantadas podem gerar renda direta com a madeira, frutos e produtos alimentares agrícolas. Também ficou claro como as árvores, em sistemas silvipastoris, influenciam positivamente no conforto térmico dos animais ali presentes, melhorando seu comportamento no pastejo, diminuindo perda de energia para se abrigar do Sol nas horas quentes do dia e, consequentemente, melhorando a nutrição e produção leiteira ou de carne — destaca.