Curso de Engenharia de Alimentos produz pão sem glúten com farinha de chia
O curso de Engenharia de Alimentos da Unoesc São Miguel do Oeste desenvolveu, neste semestre, um projeto de pesquisa que resultou na produção de pão sem glúten, sem adição de goma e gordura, a partir da utilização da farinha de chia. Segundo a coordenadora do curso, professora Eliane Maria de Carli, a pesquisa teve o […]
Publicado em 26/04/2017
Por Unoesc
O curso de Engenharia de Alimentos da Unoesc São Miguel do Oeste desenvolveu, neste semestre, um projeto de pesquisa que resultou na produção de pão sem glúten, sem adição de goma e gordura, a partir da utilização da farinha de chia. Segundo a coordenadora do curso, professora Eliane Maria de Carli, a pesquisa teve o objetivo de avaliar o efeito da farinha de chia na qualidade física, microbiológica, nutricional e sensorial desse pão.
Eliane destaca que a chia, planta originária de áreas montanhosas do Oeste e Centro do México, possui alto valor nutritivo.
— Entre os principais benefícios que oferece à saúde, estão a diminuição de problemas de constipação intestinal, redução de risco de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de câncer — menciona a professora.
Por ser uma fonte rica em nutrientes e não conter glúten, a farinha de chia é uma opção para ser utilizada na elaboração de produtos alimentícios para celíacos.
— A mescla das farinhas utilizadas permite a utilização em produtos de panificação isentos de glúten, podendo ser também usada em outros estudos para aplicação em diversos produtos, ampliando o mercado de consumo — detalha a professora.
Segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), mais de 69 milhões de pessoas são celíacas em todo o mundo. A estimativa é que a cada 400 brasileiros um seja celíaco. Entretanto, a oferta de alimentos sem glúten no mercado ainda é pequena e onerosa.
— Apesar dos avanços recentes, a substituição em produtos à base de cereais, como pão, biscoito, bolo e massas, ainda representa um desafio tecnológico significante. Além disso, esses produtos são encontrados somente em grandes redes de supermercados — avalia Eliane.
Experiência proporcionada pela pesquisa
A pesquisa contou com a participação da acadêmica da quinta fase de Engenharia de Alimentos, Raquel Trevisan. A estudante ressalta que a participação no estudo é uma oportunidade para aprimorar o conhecimento e se preparar para a vida profissional com maiores habilidades e competências.
— Conheci na prática como é o processo de pesquisa e o desenvolvimento de produtos alimentícios — comenta a estudante.