Curso de Medicina Veterinária vacina mais de 300 cães e gatos contra a raiva
O curso de Medicina Veterinária da Unoesc São Miguel do Oeste vacinou 352 cães e gatos, durante a Campanha de Vacinação Antirrábica, realizada no mês de agosto, em São José do Cedro. Além de proteger cães e gatos contra a raiva, os proprietários dos animais contribuíram com a ONG Cedro Animal. Segundo a professora Adelina […]
Publicado em 02/09/2016
Por Unoesc
O curso de Medicina Veterinária da Unoesc São Miguel do Oeste vacinou 352 cães e gatos, durante a Campanha de Vacinação Antirrábica, realizada no mês de agosto, em São José do Cedro. Além de proteger cães e gatos contra a raiva, os proprietários dos animais contribuíram com a ONG Cedro Animal. Segundo a professora Adelina Rodrigues Aires, o valor arrecadado será utilizado para castrar os animais resgatados pela ONG.
— A fila de espera para a castração é grande. Muitos deles dependem apenas da castração para serem doados — afirma a professora.
Durante a campanha, 35 acadêmicos puderam aplicar a vacina sob a supervisão dos professores do curso. A atividade proporcionou aos acadêmicos a vivência prática de como fazer a contenção adequada dos animais para aplicar a vacina e de como manuseá-la. Além disso, os estudantes aplicaram um questionário com o objetivo de conhecer melhor a realidade dos donos de cães e gatos da região.
De acordo com a acadêmica da sexta fase, Daniela Lippert, a atividade permitiu aliar a teoria e a prática.
— Com a campanha de vacinação, tivemos um contato maior com os animais e seus proprietários. A experiência adquirida contribuiu positivamente para minha formação profissional — destaca a estudante.
Vacinação é a forma mais eficaz de combater a raiva
A vacina antirrábica é a forma mais eficaz de combater a raiva e deve ser feita a cada 12 meses. A professora Adelina Rodrigues Aires explica que a raiva é uma doença transmissível e letal, que acomete inúmeros mamíferos, inclusive o ser humano. A transmissão ocorre por meio da saliva de animais infectados.
— Ao penetrar no organismo de um animal ou de uma pessoa, o vírus multiplica-se e por meio dos nervos periféricos alcança o cérebro, causando uma grave inflamação no sistema nervoso central. Essa inflamação leva a sinais clínicos como febre, perda do apetite, agressividade, paralisia, salivação intensa, paralisia da mandíbula, evoluindo para a morte — alerta a professora.
Os cães e gatos ainda são responsáveis pela maioria dos casos de raiva humana. Entretanto, existem outras formas de transmissão, como a mordedura do morcego hematófago contaminado ou dos canídeos silvestres e por meio da saliva de herbívoros domésticos.
— As campanhas de controle da raiva envolvem também o combate ao morcego pela Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), já que o morcego é o principal reservatório da doença. Além da vacinação, o combate da raiva em cães e gatos também está associado a medidas como a redução do acesso dos animais à rua e à castração — finaliza a professora Adelina Rodrigues Aires.