Dia Nacional da Luta Antimanicomial é tema de debate no curso de Psicologia de Videira
No dia 18 de maio, data estipulada para lembrar a Luta Antimanicomial, foi realizado o Encontro Diálogos Sobre Saúde Mental, promovido pelo Curso de Psicologia da Unoesc Videira. A data ocorre em lembrança à I Conferência Nacional de Saúde Mental no Brasil, resultante do Movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciada no Brasil em 1970. Sob a […]
Publicado em 20/05/2021
Por Unoesc
No dia 18 de maio, data estipulada para lembrar a Luta Antimanicomial, foi realizado o Encontro Diálogos Sobre Saúde Mental, promovido pelo Curso de Psicologia da Unoesc Videira. A data ocorre em lembrança à I Conferência Nacional de Saúde Mental no Brasil, resultante do Movimento da Reforma Psiquiátrica, iniciada no Brasil em 1970.
Sob a bandeira “por uma sociedade sem manicômios”, diferentes categorias profissionais e setores sociais buscaram a alteração do modelo de assistência aos portadores de quadros de doenças mentais por meio de internações em hospitais psiquiátricos, com graves denúncias de maus tratos e violações dos direitos humanos. O movimento propôs a reorganização dos modelos de atenção em saúde mental no contexto brasileiro, garantindo direitos de cidadania de usuários e familiares, além de serviços locais e atendimentos especializados e territorializados.
O evento contou com a convidada Adriana Felicetti, psicóloga responsável pelo Centro de Atenção Psicossocial de Videira. Adriana contextualizou o movimento antimanicomial e apresentou a estrutura de funcionamentos dos serviços de saúde mental no município. De acordo com ela, os CAPS, dentre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, têm função singular no modelo de assistência aos portadores de transtornos psicológicos, sendo este um dos espaços substitutivos dos hospitais psiquiátricos no país.
Adriana explica que os centros são serviços de saúde municipais, abertos e comunitários que oferecem atendimento diário, buscando evitar as internações psiquiátricas, além de acolher e atender às pessoas com sofrimento mental grave e persistente.
—Buscamos, em nossas ações, fortalecer os laços dos usuários, alterar os estigmas sociais, ofertar o suporte necessário em saúde mental, e principalmente, promover sua reinserção social como cidadão – pontua Adriana.
A psicóloga trouxe suas experiências, os avanços obtidos e os desafios enfrentados em suas atividades, apresentando a necessidade de profissionais habilitados e comprometidos com as mudanças sociais, promovendo projetos que se preocupem com o sujeito em sua singularidade, cultura e vida cotidiana.