Diplomado da Unoesc é aprovado em 1º lugar no concurso para perito criminal da Polícia Federal
O diplomado do curso de Sistemas de Informação da Unoesc São Miguel do Oeste, Leonardo Friedrich Magro, conquistou o 1º lugar no concurso para perito criminal da Polícia Federal (PF). O concurso teve uma demanda de 282,33 candidatos por vaga. Para concorrer a vaga, era preciso ter ensino superior na área de Tecnologia de Informação. […]
Publicado em 21/05/2019
Por Unoesc
O diplomado do curso de Sistemas de Informação da Unoesc São Miguel do Oeste, Leonardo Friedrich Magro, conquistou o 1º lugar no concurso para perito criminal da Polícia Federal (PF). O concurso teve uma demanda de 282,33 candidatos por vaga. Para concorrer a vaga, era preciso ter ensino superior na área de Tecnologia de Informação.
— Quando eu vi que tinha passado foi uma sensação difícil de descrever: uma mistura de muita nostalgia de toda a trajetória que tive, com o alívio de ter alcançado o que eu queria. Corri atrás do meu sonho desde 2015. Muitas vezes, pareceu algo inalcançável, foram muitos tombos. Neste percurso muita gente desiste — conta Leonardo.
A previsão é que Leonardo seja nomeado em novembro. Antes da nomeação, ele participará de um curso de formação na Academia Nacional da Polícia Federal, em Brasília, com duração de quatro meses e meio.
Entre as atribuições do cargo estão a investigação de ciberterrorismo, de crimes cibernéticos e de pornografia infantil; apoio técnico para o desenvolvimento de soluções para a própria instituição; cópia segura de dados de dispositivos apreendidos e toda a natureza policial do cargo como locais de crime, laudos de drogas e perícias em geral.
Leonardo salienta que a carência de profissionais de Tecnologia de Informação nas polícias é grande.
— Não há crimes sem a necessidade de análise de dados e sem dispositivos de informática. Nos crimes financeiros, do pequeno furto ao homicídio, tudo há tecnologia e informática presente, que demandam conhecimento, para buscar a solução e criar provas necessárias para auxiliar na busca pela verdade e embasar as denúncias — ressalta.
Preparação
Leonardo encarou uma maratona de estudos até conquistar a aprovação no concurso de perito criminal da PF. Em 2014, sonhava passar no concurso para agente de Polícia Federal. Com o edital aberto, começou a estudar e não foi aprovado. No ano seguinte, após a confirmação do resultado, mudou-se para Cascavel (PR) para fazer cursinho presencial focado na carreira policial.
— Morei em uma quitinete de 18 metros quadrados. O lugar era muito pequeno, mas como o meu objetivo era estudar, eu não queria muito conforto para todo dia eu saber que tinha que sair dali — comenta Leonardo.
Em 2015, fez o concurso do Departamento Penitenciário Federal (Depen) e foi aprovado, o que lhe deu estabilidade financeira para continuar a estudar. Mas o sonho em ingressar na PF continuava vivo. Enquanto o edital não saía, ele prestava outras provas e em cada reprovação descobria que precisava ser resiliente.
— Após a reprovação no concurso para perito do Instituto Geral de Perícias (IGP-SC), eu pensei que não iria conseguir ser aprovado na PF. Teoricamente, o concurso do IGP era menos concorrido e, supostamente, quem prestasse a prova do IGP também prestaria para a PF. Logo após, prestei a prova para oficial de inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), também na área de cibercrimes, fiquei muito bem classificado, porém acabei reprovando na redação — relata.
Ele continuou estudando e, quando foi publicado o edital para perito da PF, a rotina de estudos passou para 10 horas diárias, durante a semana, e era intensificada ainda mais nos finais de semana. Assim, ele conseguiu a aprovação na prova objetiva e discursiva. O certame também contou com outras fases como prova física e exame psicotécnico. Hoje, Leonardo compartilha a sua trajetória no mundo dos concursos em seu site pessoal.
Atualmente, a Unoesc oferece o curso de Ciência da Computação em São Miguel do Oeste. Segundo o coordenador, professor Roberson Fernandes Alves, o objetivo do curso é formar profissionais para atuarem no desenvolvimento científico e tecnológico da computação, aptos a serem propositores de soluções em qualquer área que são utilizados recursos computacionais.
— O diplomado está preparado para participar de inúmeros concursos públicos, considerando que possuem uma sólida formação em computação, matemática e resolução de problemas nas mais diversas áreas do conhecimento — conclui o professor.