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Graduação Geral São Miguel do Oeste

Egresso desenvolve pesquisa sobre efeitos da bocha no desenvolvimento de alunos de escola pública

Os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Juscelino Kubitschek de Oliveira aprenderam a jogar, este ano, uma modalidade bem popular na região Extremo-oeste, mas pouco divulgada no ambiente escolar. A bocha foi apresentada aos alunos pelo egresso do Curso de Educação Física da Unoesc São Miguel do Oeste, Jocemar Klein, durante a […]


Os alunos do 3º ano do Ensino Fundamental da Escola Juscelino Kubitschek de Oliveira aprenderam a jogar, este ano, uma modalidade bem popular na região Extremo-oeste, mas pouco divulgada no ambiente escolar. A bocha foi apresentada aos alunos pelo egresso do Curso de Educação Física da Unoesc São Miguel do Oeste, Jocemar Klein, durante a elaboração do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC): Efeitos de uma Proposta Pedagógica baseada na Modalidade de Bocha sobre Motricidade Fina, Global, Equilíbrio e Organização Espacial de Escolares do 3º ano do Ensino Fundamental.   

A exemplo do pai e do avô, Jocemar sempre jogou bocha e decidiu fazer o seu TCC sobre o assunto para resgatar a tradição deste jogo. O egresso observou que, atualmente, poucos jovens optam por jogar bocha. A partir disso, resolveu elaborar a pesquisa para mostrar aos estudantes que a modalidade também pode ser jogada por pessoas mais jovens e não apenas por adultos ou idosos.

Jocemar explica que a bocha não está tão presente na escola, como o futebol ou o voleibol, devido à cultura da região Extremo-oeste catarinense.

— A bocha é característica da cultura gaúcha e italiana. No Rio Grande do Sul, várias escolas têm esta modalidade, inclusive com espaço específico — avalia.

O diretor da Escola Juscelino Kubitschek, Roberto Guilherme Christmann, conta que a escola ficou surpresa quando foi procurada por Jocemar para participar da pesquisa, já que existem poucos estudos como este em todo o Estado de Santa Catarina.

— A iniciativa teve uma boa aceitação dos alunos e trabalhou valências físicas das crianças — destaca o diretor.

Foi na escola, durante o desenvolvimento da pesquisa, que muitos dos alunos jogaram bocha pela primeira vez. A grande maioria apenas tinha observado os pais ou avôs jogarem. O estudante Eduardo Fachi, de 9 anos de idade, conta que a modalidade é atrativa por ter características bem peculiares das demais e que pretende praticá-la novamente num futuro bem próximo.  

 Como foi elaborada a pesquisa

Antes de elaborar o plano de 12 aulas, Jocemar aplicou um pré-teste com os alunos, com o objetivo de avaliar o equilíbrio, a organização espacial de tempo e espaço, a coordenação motora fina e grossa de cada um deles. Cada aula teve o objetivo de melhorar um destes aspectos.

Jocemar explica que as primeiras aulas dos estudantes foram realizadas com materiais adaptados. As bolas de tênis foram utilizadas no lugar das bochas, e a bolinha alvo foi substituída pela bola de tênis de mesa. O objetivo era adaptar o jogo do mais fácil para o mais difícil, até chegar ao material convencional.

No final das 12 aulas, o teste foi reaplicado para ver se a modalidade contribuiu para melhorar o equilíbrio, a organização espacial e a coordenação motora. A orientadora do TCC, professora Sandra Fachineto, destaca que duas crianças que apresentavam déficit motor, ou seja, tinham idade motora inferior a idade cronológica, apresentaram resultados positivos.

— As duas crianças se equipararam na questão motora e apresentaram melhoras, principalmente, na organização espacial e na motricidade ampla — detalha a professora.

Além de trabalhar todas essas variáveis, a bocha também contribui para o aumento da concentração e o social das crianças, já que envolve o companheirismo no jogo de duplas.

— A pesquisa do Jocemar foi pioneira dentro do Curso de Educação Física. Cabe, neste momento, o interesse dos professores da escola em trabalhar a modalidade com os alunos — finaliza a professora Sandra Fachineto.

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