Fórum regional se reunirá em Chapecó para discutir crise de energia no oeste de SC
A deficiência no fornecimento de energia elétrica na região será o tema central da reunião extraordinária do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento da Região Oeste de Santa Catarina, neste mês em Chapecó. O presidente do Fórum, diretor geral da Unoesc Chapecó, professor Ricardo Antônio de Marco, disse que a convocação da reunião depende apenas da […]
Publicado em 01/04/2014
Por Unoesc
A deficiência no fornecimento de energia elétrica na região será o tema central da reunião extraordinária do Fórum de Competitividade e Desenvolvimento da Região Oeste de Santa Catarina, neste mês em Chapecó.
O presidente do Fórum, diretor geral da Unoesc Chapecó, professor Ricardo Antônio de Marco, disse que a convocação da reunião depende apenas da disponibilidade de data do presidente da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina), Cleverson Siewert. O Fórum foi criado pela Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc) e pela Universidade do Oeste de SC (Unoesc) em 2012 e tornou-se o principal instrumento institucional de discussão dos grandes temas de interesse regional.
– A presença do presidente, acompanhado de sua equipe técnica, é considerada fundamental para a discussão dessa problemática e para os encaminhamentos necessários – explica De Marco.
Esse tema foi objeto da reunião ordinária do Fórum, na semana passada, em São Miguel do Oeste, mas a ausência do principal executivo da Celesc impediu o encaminhamento das propostas.
O dirigente observa que existem comprovadas deficiências no fornecimento de energia elétrica em Chapecó e no grande oeste. A frequente instabilidade do sistema gera quedas, por sobrecarga, causando prejuízos a centenas de empresas, danificando máquinas e equipamentos nas cidades e provocando mortandade em criatórios de aves, nas zonas rurais dos municípios.
O engenheiro eletricista Nelson Akimoto, representante da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic) no Fórum, foi encarregado de levantar a situação do suprimento de energia elétrica no oeste. Ele iniciou o levantamento da infraestrutura existente para avaliar a potência, a capacidade instalada e o programa de investimentos.
– Estamos conhecendo melhor para formular reivindicação lastrada em fatos e dados – expôs.
O Fórum tomou conhecimento que muitas empresas estão adiando ampliações ou transferindo investimentos para outras regiões do País em razão dos problemas de energia.
– Essa situação preocupa o Fórum e pode se transformar em pesadelo para investidores e empreendedores – resume o presidente, lembrando que o oeste catarinense concentra 16% dos estabelecimentos industriais de Santa Catarina e 17% dos trabalhadores da indústria.
A região tem mais de 1 milhão de habitantes, o que corresponde a 17% da população do Estado, e é responsável por um Produto Interno Bruto (PIB) de mais de R$ 22 bilhões, o que corresponde a 15% do total estadual.
ÚLTIMA REUNIÃO
Na reunião de São Miguel do Oeste, na semana passada, também foram abordados outros assuntos. O engenheiro civil e consultor da Fiesc Eduardo Saporiti apresentou estudos sobre a rodovia BR-282, principal via de acesso de escoamento da produção do oeste catarinense aos portos e aos grandes centros brasileiros de consumo.
O advogado Leocir Dacroce relatou a situação das famílias rurais ameaçadas pela delimitação das áreas indígenas no oeste catarinense e os conflitos decorrentes da intenção da Fundação Nacional do Índio em criar ou ampliar as existentes.
O vice-presidente regional da Fiesc, Astor Kist, expôs as reivindicações da microrregião do extremo-oeste que incluem o aeroporto de São Miguel do Oeste, saneamento básico, a ferrovia da integração ligando leste-oeste e a duplicação da BR-282. O deputado federal Celso Maldaner relatou as atividades parlamentares e os investimentos federais para a região.