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Graduação Seminário Joaçaba

Mestrado recebe Jelson de Oliveira para discutir os desafios éticos e institucionais da educação

O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd) realizou, nesta segunda-feira (9), o seminário “Desafios éticos e institucionais” com o professor doutor da PUC-PR, Jelson Roberto de Oliveira. O pesquisador discutiu um novo olhar para a educação, a partir das teorias de dois filósofos, Hans Jonas e Nietzsche. Ambos os filósofos estão situados como críticos da […]


O Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGEd) realizou, nesta segunda-feira (9), o seminário “Desafios éticos e institucionais” com o professor doutor da PUC-PR, Jelson Roberto de Oliveira. O pesquisador discutiu um novo olhar para a educação, a partir das teorias de dois filósofos, Hans Jonas e Nietzsche.

Ambos os filósofos estão situados como críticos da cultura ocidental, a qual se construiu a partir de valores universais, cuja consequência, por exemplo, é o olhar para o ser humano na perspectiva da igualdade e não subjetividade. Desse modo, o niilismo de Nietzsche e o princípio responsabilidade de Hans Jonas, caracterizam o novo cenário cultural, com desafios para as instituições de ensino, as quais devem se constituir em uma comunidade educativa, onde educar é uma missão desempenhada por todos os setores.

No período da tarde, o professor apresentou a tese de Hans Jonas a respeito da responsabilidade perante a crise cultural, ambiental e a civilização tecnológica. Ele afirma que o gigantesco poder de ação que o ser humano possui, o qual é potencializado a partir da tecnologia, exige a ética da responsabilidade como orientação das ações humanas com foco na atenção sobre as consequências futuras que são desencadeadas. Assim, o princípio da responsabilidade nos desafia para uma análise acerca dos avanços pelos quais passa a humanidade, para que eles não se tornem riscos ou ameaças.

Na conferência realizada à noite, Jelson de Oliveira comentou o pensamento de Nietzsche, um autor do século XIX, que oferece em alguns estudos uma orientação para se pensar o futuro dos estabelecimentos de ensino diante da crise cultural. O que fazer para melhorar e enfrentar esta crise foram alguns pontos articulados pelo professor.

— Vivemos uma crise muito grande no modelo de formação, que no meu ponto de pista é totalmente desatualizado. Um médico do século XVII, por exemplo, não entenderia as tecnologias dos laboratórios de hoje, mas um professor daquele século saberia exatamente o que fazer nas atuais salas de aulas — observou.

Segundo o palestrante, a tarefa do professor não mudou em nada e isso cria uma certa cultura de passividade, de preguiça, inclusive na escolha de um estilo de vida medíocre, que alimenta até os estudantes que chegam na instituição de ensino, desejando uma mera titulação, e não a formação.

— Precisamos repensar o modelo de educação, onde o aluno assuma um papel ativo no processo educativo e o professor deixe de ser só um transmissor de saberes para ser sobretudo um estrategista, que permita o encontro do estudante com o conhecimento, que às vezes está com o professor, com o colega do lado, ou, na internet, na biblioteca — ressaltou.

Para ele, o ensino precisa deixar de ser uma atividade burocrática de sala de aula e se constituir de fato em uma comunidade educativa, onde todo mundo educa e tem isso como missão. Educar passa por todos os setores e por todos os agentes de uma instituição.

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