Noite do Pensamento Líquido discutiu conhecimentos e cultura indígena

O curso de Psicologia da Unoesc Videira realizou, no dia 4 de dezembro, a sua 4ª edição da Noite do Pensamento Líquido, evento organizado pela 6ª fase, sob o tema “Psicologia Quebrando Barreira: um olhar à comunidade indígena”. Palestrantes de renome, estudantes, professores e profissionais da área participaram do encontro realizado por webconferência.

Durante a noite, além das falas dos convidados relatando experiências e vivências nessas áreas, o público participante ainda assistiu a documentários em vídeos apresentando os aspectos históricos dos indígenas que são considerados como as raízes do Brasil.

O primeiro a falar foi o índio Micael Turi Rondon, membro do Povo Terena MT – Professor Licenciado em Línguas, Artes e Literaturas pela UNEMAT, Faculdade Indígena Intercultural do campus de Barra do Bugres, especialista em Psicopedagogia Institucional, além de outras formações, o qual trouxe sua fala “Cultura, Educação Terena – MT”, relatando um pouco de sua história junto à comunidade em que ele vive e trabalha como professor.

Em seguida, o Professor Alceu Zoia – graduado em Filosofia pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, mestre e doutor pelas universidades federais do Mato Grosso e Goiás e integrante do Grupo de Pesquisa Educação e Diversidade no contexto da Amazônia Legal Matogrossense, compartilhou o projeto nacional do MEC “Saberes indígenas”, desenvolvido entre a universidade e os povos indígenas.

No encerramento, Indiamara, do Povo Indígena Caigangui de Chapecó, trouxe a experiência adquirida desde criança em relação à medicina natural através das ervas, a questão da espiritualidade e o resgate cultural. Explicou ainda, que a sustentabilidade da comunidade vem através da agricultura, e que  foi instalada uma cooperativa para auxiliar a administração do que é produzido. Indiamara também fez um relato sobre a sua inserção na universidade e os desafios que enfrentou.

A Noite do Pensamento Líquido é uma atividade cujo objetivo é discutir e superar a concepção de ambiente como mera externalidade, onde apenas florestas, rios, solo, diversidade biológica, entre outros, são concebidas, a fim de que se entenda meio ambiente como espaço que é igualmente processo e no qual atuam relações de poder, ou seja, onde tudo isso tem implicações sociais, econômicas, culturais, simbólicas e ecológicas.