Pesquisa acadêmica identifica incidência de dermatofitose em cães
Com o objetivo de fornecer dados a respeito da frequência de dermatofitoses em cães, doença infecciosa de pele, causadas por algumas espécies específicas de fungos, a egressa do curso de Pós-graduação em Análises Clínicas, realizado pela Unoesc Videira, Mariana Danieli Smaniotto desenvolveu trabalho em um laboratório veterinário na cidade de Chapecó. Natural de Coronel Freitas (SC), Mariana realizou […]
Publicado em 24/04/2020
Por Unoesc
Com o objetivo de fornecer dados a respeito da frequência de dermatofitoses em cães, doença infecciosa de pele, causadas por algumas espécies específicas de fungos, a egressa do curso de Pós-graduação em Análises Clínicas, realizado pela Unoesc Videira, Mariana Danieli Smaniotto desenvolveu trabalho em um laboratório veterinário na cidade de Chapecó.
Natural de Coronel Freitas (SC), Mariana realizou a pesquisa entre os anos de 2016 e 2018 e constatou que a prevalência dessa doença em animais daquela cidade foi de 2,5%.
—Alguns artigos relatando pesquisas semelhantes em outras cidades encontraram uma prevalência maior— garantiu a pós-graduada.
Mariana explica que as dermatofitoses são consideradas doenças com potencial zoonótico e os resultados do trabalho, mostraram que tanto o papel do médico veterinário na suspeita clínica e solicitação do exame, quanto do patologista clínico na confirmação do diagnóstico, são de suma importância para o prognóstico favorável do paciente.
Além disso, a epidemiologia das dermatofitoses é conhecida por mudar ao longo do tempo, exigindo que as informações a respeito das mesmas sejam atualizadas de tempos em tempos preferencialmente, em todas as regiões do país, favorecendo as ações em saúde pública.
Ela explica ainda, que na prática, o trabalho fornece informações que podem auxiliar o médico veterinário, seja na solicitação do exame, quanto na suspeita clínica, visto que as dermatofitoses são comuns, mas podem variar de uma região para outra.
—Com base nos resultados, sugerimos que para um melhor diagnóstico das dermatofitoses, o médico veterinário solicite os dois exames, tanto a cultura fúngica, quanto a pesquisa de fungos, aumentando as chances de isolamento do fungo e diagnóstico dos animais—completou Mariana.
O estudo de Mariana Danieli Smanioto teve a orientação da professora Tatiani Karini Rensi Botelho, Mestra em Farmácia, pela Fundação Regional de Blumenau (FURB) e rendeu publicação de um artigo na Revista Brasileira de Análises Clínicas, volume 51, n° 4, de 2019, recém-lançada.
Apaixonada por análises clínicas veterinárias, Mariana conta que a ideia de realizar o projeto, surgiu do desejo de fazer um trabalho de conclusão de curso, onde pudesse unir aplicar seus conhecimentos no trabalho e no próprio cotidiano.
—Agradeço a Unoesc pela oferta da pós-graduação, a qual foi muito válida para a concretização dessa pesquisa. O quadro de professores e a coordenação do curso sempre foram prestativos, além do comitê de ética em pesquisa, com ótimos professores, que trabalham muito para dar um retorno a todas as pesquisas desenvolvidas. Isso tudo foi fundamental par alcançar meu objetivo
Mariana Smanioto reside e trabalha atualmente em Chapecó e concluiu sua Pós Graduação em 2019.