Pesquisa aponta os desafios das diferenças individuais na educação básica

A egressa do curso de Pedagogia da Unoesc Maravilha, Silmara Lösch, desenvolveu uma pesquisa sobre a Integração Sensorial: os desafios das diferenças individuais no contexto da educação básica. O estudo foi desenvolvido nas escolas Maravilhas do Saber, Geração Maravilha e Nossa Senhora da Salete com a aplicação de  diversas atividades, como aula de culinária, trilha das sensações, plantio de flores, caça ao tesouro, construção de terrário e maquete com argila.

Segundo Silmara, cada criança é única e possuiu preferências sensoriais. Ela destaca que o grande desafio, durante o estudo, foi observar cada aluno, entender as suas demandas e oferecer experiências sensoriais, afim de acompanhar sua influência imediata e cumulativa.

Silmara explica que a integração sensorial contribui para a aprendizagem e ressalta que o cérebro recebe constantemente grandes quantidades de informações por meio dos sentidos como o toque, o cheiro e o olhar.

— É por meio dos sentidos que a criança — conforme aprende a se mover, equilibrar-se e relacionar-se com os objetos e as pessoas ao seu redor — aprende sobre o mundo em que vive. O cérebro organiza e interpreta todas as informações recebidas para possibilitar uma resposta. Essa organização e interpretação que o cérebro dá às informações sensoriais é chamada de integração sensorial. Quando as atividades sensoriais são bem sucedidas, pode-se desenvolver a atenção, concentração, audição, compreensão, equilíbrio, coordenação e o controle da impulsividade nas crianças, auxiliando no processo de aprendizagem — detalha Silmara.

As atividades pedagógicas sensoriais são importantes para estimular o desenvolvimento das habilidades do sistema nervoso para que ele consiga organizar, processar e interpretar os estímulos normalmente. Silmara destaca que nessas atividades as ferramentas usadas são o brincar e a motivação.  De acordo com a egressa, um ambiente sensorial enriquecido de brincadeiras leva a criança a perceber melhor o mundo ao seu redor, faz com que ela possa desenvolver uma melhor integração sensorial e produzir de acordo com o seu potencial intelectual.

Reflexões em sala de aula

De acordo com a coordenadora do curso de Pedagogia, professora Dilva Bertoldi Benvenutti, o resultado da pesquisa promoveu discussões com pais, alunos, professores e coordenadores pedagógicos, com o objetivo de discutir a própria imagem, a imagem do outro e o que significa igualdade e diferença.

— O mergulho teórico e empírico efetuado pela egressa promoveu reflexões vivenciadas, pois diariamente se relaciona com uma criança que necessita de integração sensorial. Isso tem sido levado e socializado para a escola e para a sala de aula, o que encantou a todos com as descobertas. Socializar o conhecimento produzido também é inclusão — enfatiza a professora.