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Graduação Geral São Miguel do Oeste

Pesquisa aponta os reflexos causados pela mão de obra estrangeira em empresas do Oeste

As acadêmicas de Administração da Unoesc São Miguel do Oeste, Joseane Vicente Probst, Patrícia Bencke e Renata Paludo pesquisaram os reflexos causados pela mão de obra estrangeira em seis empresas, localizadas nos municípios de São Miguel do Oeste, Maravilha e Chapecó. A pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) analisou o perfil dos estrangeiros […]


As acadêmicas de Administração da Unoesc São Miguel do Oeste, Joseane Vicente Probst, Patrícia Bencke e Renata Paludo pesquisaram os reflexos causados pela mão de obra estrangeira em seis empresas, localizadas nos municípios de São Miguel do Oeste, Maravilha e Chapecó. A pesquisa de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) analisou o perfil dos estrangeiros contratados, os processos de recrutamento, seleção e contratação, a integração do colaborador, a relação com colegas de trabalho brasileiros e os aspectos positivos e negativos para as organizações. O estudo foi orientado pela professora Adriana Salvi.

Segundo as acadêmicas, Joseane, Patrícia e Renata, um dos principais motivos que levou as organizações a contratarem estrangeiros foi a necessidade de mão de obra. Durante a pesquisa, os empresários relataram que, além de preencher uma lacuna de mão de obra, a contratação diminuiu a ausência habitual do local de trabalho e a rotatividade nos setores de produção. Alguns gestores relataram, ainda, que a contratação alavancou a produção e a rentabilidade da empresa.

Entretanto, foi preciso superar a dificuldade de comunicação. As organizações utilizaram como critério para a contratação o porte físico e não o grau de escolaridade. Assim, poucos estrangeiros falavam e compreendiam o português ou o espanhol. Isso fez com que as empresas tivessem que oportunizar aulas do idioma e dar suporte para resolver problemas pessoais e de necessidades básicas como moradia, alimentação, além de auxiliar no envio de dinheiro para o país de origem.

As organizações pesquisadas também sensibilizaram os colaboradores brasileiros para acolher bem os novos colegas e ofereceram suporte profissional de psicólogas para amenizar problemas afetivos, de adaptação, a saudade dos familiares e o entendimento da cultura local.

Crise Econômica

Grande parte dos estrangeiros, que trabalha nestas empresas, são haitianos, com idade entre 18 e 48 anos. Eles imigraram para o Brasil em busca de oportunidades de trabalho e de renda para sustentar as famílias, uma vez que o país deles é marcado por vários problemas socioeconômicos e ambientais. O Brasil é, atualmente, um dos destinos mais atraentes para os haitianos, já que há mais de 10 anos, lidera a Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah).

Porém, os empresários temem que o cenário econômico atual implique em demissões e gere um problema social.

— Os empresários relataram que, se houver uma crise econômica, os estrangeiros, provavelmente, serão os primeiros a serem demitidos e não é possível saber se o Brasil suportará acolher e apoiar essas pessoas, o que gerará um problema social — destacam as autoras do estudo, Joseane, Patrícia e Renata.

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