Professor e advogado enaltece a estrutura disponibilizada para realização de aulas on-line
A pandemia do coronavírus mudou hábitos tradicionais no cotidiano das pessoas, quer seja no convívio social, no local de trabalho, no consultório médico como também, nas relações entre alunos e professores. Em meados de março, as aulas foram interrompidas, escolas foram fechadas e os estudantes do ensino infantil ao superior tiveram que enfrentar uma nova […]
Publicado em 26/05/2020
Por Unoesc
A pandemia do coronavírus mudou hábitos tradicionais no cotidiano das pessoas, quer seja no convívio social, no local de trabalho, no consultório médico como também, nas relações entre alunos e professores. Em meados de março, as aulas foram interrompidas, escolas foram fechadas e os estudantes do ensino infantil ao superior tiveram que enfrentar uma nova e dura realidade, a de ter que se adaptar a um modelo de ensino que para muitos era uma novidade. Estudar, a partir de então, para a maioria, tem sido por meio da internet, em um computador ou celular, onde o contato se dá por meio da telinha.
Para o professor do curso de Direito da Unoesc Videira, Roberto Bittencourt Olinger, Advogado Criminalista, a primeira e mais sentida mudança reside na interação presencial, visto que a ausência do contato direto foi algo muito difícil desde as primeiras semanas. As aulas presenciais permitem um debate maior e que o Professor capte as reações de cada acadêmico, permitindo que, por inúmeras vezes, intervenha diretamente junto a aquele aluno para sanar uma dúvida ou explicar novamente a matéria.
—As avaliações também foram alteradas, necessitando lançar mais questões que permitam aos alunos raciocinarem criticamente e não simplesmente consultarem em códigos, apostilas e internet—.
Contudo, Olinger acredita que todo professor, efetivamente apaixonado pelo que faz, é movido pela dedicação aos seus alunos, e mesmo a distância, a motivação é grande.
—São tempos completamente diferentes do que estávamos acostumados. Jamais passamos por algo semelhante, mas a continuidade das aulas, agora mediadas pela tecnologia, permitem o prosseguimento regular dos componentes e na relação entre professor e aluno— garante.
Plataformas utilizadas para o ensino on-line
Para o professor da Unoesc, a rotina foi bastante alterada desde que a pandemia surgiu e as aulas começaram a ser ministradas de forma on-line, já que a metodologia de uma aula presencial é diferente de uma aula mediada por tecnologia. A adaptação ás ferramentas tecnológicas também não foram nada fáceis no início, e muitas vezes, ainda não são.
— Do dia para a noite, um novo mundo se apresentou e nós, professores, acostumados a lecionar presencialmente, tivemos que nos adaptar em questões de horas à nova realidade. Mudou efetivamente a forma de lecionar, mas a regularidade, o conteúdo, o compromisso e a dedicação não puderam e não foram alterados— afirmou.
Em relação às ferramentas que a Unoesc oferece para a realização das aulas, Olinger garante ser este um ponto essencial, que merece destaque, garantindo que poucas universidades no Brasil possuem tal plataforma com todos os aplicativos necessários disponíveis.
— Conseguimos lecionar ao vivo, com os alunos interagindo em tempo real, questionando tanto mediante perguntas faladas como escritas. Os materiais, sejam apostilas, textos e vídeos, são compartilhados instantaneamente com a possibilidade de realizarmos destaques e marcações nestes materiais. Além disso, não tem como não falar sobre a atuação do Núcleo de Apoio Pedagógico, o NAP, que tem sido incansável em nos fornecer treinamentos e tutoriais de como atuar neste período—.
Logo no início da pandemia, quando as aulas foram suspensas, o professor do curso de Direito da Unoesc Videira, disse que o primeiro pensamento foi de extrema ansiedade e que talvez não conseguisse se adaptar. Mas a força de vontade do NAP, do setor de Tecnologia da Informação do campus, da coordenação, do colegiado e dos alunos, foi maior que qualquer dificuldade.
— Hoje acredito que estamos bem familiarizados com este contexto, e prova disso são os feedbacks muito positivos que estamos recebendo dos nossos acadêmicos—.
Lições que a pandemia pode nos deixar
O que vai ser realmente diferente após o término dessa pandemia, Olinger ainda não sabe explicar, mas diz acreditar cegamente que este período de isolamento social deva servir para refletirmos e aprendermos algumas lições, como a importância do convívio social, percebendo que não somos absolutos sozinhos e que nossa força está justamente no fato de pertencermos a um grupo, além da valorização de nossa casa e família.
— Há poucos dias mencionei uma frase já meio surrada: “Nada é em vão. Se não é bênção, é lição”. Que todos nós tenhamos a humildade de aprender um pouco mais sobre empatia, resiliência e bem comum e que possamos sair deste período difícil muito melhores como seres humanos, do que quando entramos— finalizou.