Projeto de extensão desenvolve material didático para acadêmico com deficiência visual

Ao longo deste semestre, um grupo, formado por professoras, acadêmicas e colaboradoras da Unoesc Joaçaba, confeccionou, por meio de um projeto de extensão, um material didático para acadêmico com deficiência visual da Unoesc. Trata-se de um livro com imagens histológicas, que seriam observadas por microscópio, mas que foram elaboradas a partir de massa de modelar, verniz, tinta guache, cola 3D, barbante, miçanga e folha de EVA, para permitir o reconhecimento tátil dos tecidos histológicos.

Participaram do projeto, as professoras Marcelina Mezzomo Debiasi e Adriana Graziele de Farias Januário, bem como a coordenadora do Núcleo de Apoio Pedagógico (NAP), da Área das Ciências da Vida, Rose Maria Makowski. As colaboradoras da Unoesc Karina Giacomini Varela e Julia Lenzi Brollo também se envolveram com o projeto, além das acadêmicas do curso de Fisioterapia Bruna Casagrande Concatto, Caroline Leticia Rosa, Esther Dalla Santa Petrolli e Valéria Cristina Demeneck, e a estudante de Ciências Biológicas, Anelise Gabriela Grotto.

Para a professora Rose Maria Makowski, o material permite a inclusão social e educacional do acadêmico, e possibilita o acesso e a permanência dele no ensino superior, uma vez que a Unoesc tem essa preocupação no ambiente de aprendizado. A universidade já percebeu a necessidade de se ter recursos específicos e estratégias pedagógicas capazes de incluir os estudantes com deficiência visual. Os cursos de Direito, Psicologia e Pedagogia já passaram por essa experiência.

A professora Marcelina Mezzomo Debiasi explicou que uma das dificuldades do ensino de Histologia está no conteúdo ministrado por meio do microscópio. Temas relacionados à Morfologia exigem grande capacidade de abstração por parte dos acadêmicos e, dessa forma, os materiais adaptados foram capazes de auxiliar no processo de ensino e permitiu que as aulas ocorressem normalmente. Órgãos e tecidos do corpo humano, por exemplo, foram identificados por meio do reconhecimento tátil. Suas estruturas eram determinadas a partir das texturas de cada material utilizado na confecção.

As professoras agradeceram o trabalho voluntário das colaboradoras e acadêmicas da Unoesc, e afirmaram que os materiais didáticos especiais possibilitam ambientes favoráveis ao aprendizado e, por consequência, a inclusão do estudante com deficiência visual. O projeto tem o apoio e contribuição da coordenação da Área de Ciências da Vida, coordenação do curso de Ciências Biológicas, coordenação do curso de Fisioterapia, Núcleo de Acessibilidade e Inclusão (NAI) e NAP.