Projeto garante experiência aos futuros profissionais das engenharias
Com recursos na ordem de R$ 12.820,00, provenientes do Fundo de Apoio à Pesquisa (Fape), a Unoesc Videira, por meio do curso de Engenharia Química, desenvolve projeto de inovação em que se construiu um módulo didático de medição de vazão de fluidos em condutos fechados, com o objetivo de familiarizar os acadêmicos do curso, com […]
Publicado em 25/04/2017
Por Unoesc
Com recursos na ordem de R$ 12.820,00, provenientes do Fundo de Apoio à Pesquisa (Fape), a Unoesc Videira, por meio do curso de Engenharia Química, desenvolve projeto de inovação em que se construiu um módulo didático de medição de vazão de fluidos em condutos fechados, com o objetivo de familiarizar os acadêmicos do curso, com equipamentos e processos facilmente encontrados em indústrias químicas, tratamento de água, transporte de combustíveis, entre outros, conhecido no meio cientifico como tubo de Pitot, uma homenagem ao francês Henry Pitot, inventor do equipamento.
— Apesar de construídos em uma escala menor, os princípios químicos e físicos envolvidos no processo são os mesmos, garantido a aplicação dos conhecimentos adquiridos em sala de aula, num projeto similar ao que será visto lá fora, em sua atividade profissional — apontou o professor Rodrigo Geremias, que atuou na execução e desenvolvimento do projeto, juntamente com a acadêmica bolsista Samara Friebel, da 9ª fase, do engenheiro Daniel Kucmanski e da coordenadora do projeto Carla Suntti.
Rodrigo Geremias explica que o tubo de Pitot é um medidor de velocidade de fluidos, desenvolvido em 1.732 e muito utilizado até hoje. Como o próprio nome diz, é um tubo que possui duas extremidades abertas: uma contra o escoamento do fluído e outra perpendicular a este escoamento. O tubo não funciona sozinho, é preciso um medidor de pressão para verificar a diferença de pressão entre as duas aberturas.
— Com esses dados obtidos, é possível determinar a velocidade média do fluido de escoamento — afirmou.
Função e utilização do equipamento
O tubo de Pitot possui várias aplicações, desde medir velocidade de barcos e aviões, velocidade da água de rios e canais e até mensurar a quantidade de fluido que passa por uma tubulação em um determinado tempo. Esse fluido pode ser industrial, como um solvente, óleo ou ácido e até água de abastecimento que chega às nossas casas. O projeto simula a medição de vazão de um líquido por uma tubulação.
O professor comenta que o equipamento, devido a sua complexidade, tem que ser comprado de um fornecedor de material industrial. A tubulação foi montada com tubos de PVC de 200mm de diâmetro. Para movimentar o fluido, duas bombas centrífugas foram instaladas em paralelo. Já a pressão diferencial, é medida através de um tubo em U com fluido manométrico e um medidor Piezômetro.
A inspiração para construir o projeto, disse Geremias, veio dos próprios cursos de engenharia da Unoesc Videira, que já possuem ótimos medidores de vazão, como o medidor Venturi, placa de Orifício e medidor magnético.
— Comercialmente, nunca encontramos para aquisição um sistema que simulasse o medidor PITOT, por isso, a inovação e complexidade do projeto — reiterou.
Projeto oportuniza conhecimento e experiência ao futuro profissional
Além do conhecimento técnico e da vivência de engenharia que projetos como este desenvolvem, são aprimorados atributos muito requisitados pelo mercado de trabalho, como proatividade, desenvolvimento de alternativas construtivas com materiais não ideais, trabalho em equipe entre tantos outros.
— Além disso, devido à necessidade da confecção do relatório final e do artigo científico, é trabalhada a linguagem científica juntamente com a prática — finalizou.