Seminário estimula a cultura inovadora para o crescimento sustentável da região
Uma conversa entre amigos, um deles cadeirante, sobre as dificuldades que uma pessoa com deficiência motora enfrenta, resultou em um projeto inovador: “um carro em que o cadeirante possa dirigir sem sair de sua cadeira”, para que possa “ir e vir, sem precisar de ninguém”: o caso de sucesso do Pratyko, um automóvel desenvolvido para […]
Publicado em 24/03/2014
Por Unoesc
Uma conversa entre amigos, um deles cadeirante, sobre as dificuldades que uma pessoa com deficiência motora enfrenta, resultou em um projeto inovador: “um carro em que o cadeirante possa dirigir sem sair de sua cadeira”, para que possa “ir e vir, sem precisar de ninguém”: o caso de sucesso do Pratyko, um automóvel desenvolvido para cadeirantes que, embora ainda esteja em fase de aperfeiçoamento e não esteja regulamentado no Brasil, já faz sucesso no meio automobilístico, foi um dos pontos altos do Seminário de Ciência, Tecnologia e Inovação, promovido pela Unoesc Joaçaba na última semana.
O evento teve a participação de João Francisco Frank Gil, da empresa Proeza Automotiva, de Lages – empresa que criou e continua trabalhando no desenvolvimento do Pratyko –, e do ex-presidente da Fapesc, Antônio Diomário de Queiroz, que hoje é diretor de Ciência, Tecnologia e Inovação no parque de inovação Sapiens Parque S/A, de Florianópolis. O representante da Proeza relatou todo o processo de desenvolvimento do carro, desde o surgimento da ideia, em 2006, e a construção do primeiro protótipo – que sequer saiu do lugar –, até a conquista da Comenda do Estado de Santa Catarina e de um prêmio concedido pela Associação Brasileira de Engenharia Automotiva, que reúne as grandes indústrias do setor automobilístico, na categoria Responsabilidade Social. Já Diomário falou sobre educação profissional e tecnológica e sobre como esse perfil educacional pode interferir na realidade local e regional.
– Estamos em uma época em que o mundo está totalmente interligado através de um processo de comunicação aberto e com o desenvolvimento de inúmeras tecnologias avançadas no campo das comunicações. Isso oferece uma oportunidade muito grande para todas as pessoas. Pela primeira vez, as informações chegam onde as pessoas estão, e buscando soluções e dados de outras culturas, acabamos adaptando essas soluções na cultura local – afirmou.
Mesas redondas com profissionais, professores e pesquisadores ligados à área da inovação complementaram as apresentações das duas noites. Os participantes das mesas redondas foram Gilberto Mesquisa, diretor da Proeza Automotiva; Rafael Patzlaff, da Odeme Dental Research (empresa de Luzerna que comercializa produtos odontológicos para vários estados brasileiros e exporta para países como os Estados Unidos, Espanha e Kuwait); Fabio Lazzarotti, coordenador do Mestrado Profissional em Administração da Unoesc que, entre 2010 e 2011, coordenou o projeto de pesquisa cujos resultados culminaram com a criação do Polo de Inovação Vale do Rio do Peixe (Inovale); Flávio Luís de Souza Junior, da empresa Valor e Foco Gestão da Inovação, de Florianópolis.
Mostra de Inovação
Os participantes também tiveram oportunidade de conhecer os projetos de empreendimentos inovadores que estão pré-incubados na Unoesc e incubados na Incubadora Tecnológica de Luzerna. Esses projetos foram expostos durante a Mostra da Inovação do Vale do Rio do Peixe, realizada no hall do Auditório Afonso Dresch, onde ocorreu a programação do Seminário.
Cultura inovadora
Conforme o responsável pelo Núcleo de Inovação Tecnológica da Unoesc, professor Michel Carlesso Avila, a realização do Seminário e da Mostra de Inovação visava fomentar a cultura inovadora junto à comunidade acadêmica e regional, promover um debate sobre ciência, inovação e transferência de tecnologia e conscientizar sobre a importância da inovação para o incremento e o crescimento sustentável e competitivo da região.
– A inovação é um ponto estratégico na nossa pauta de discussão e de avanço. As nossas regiões precisam da inovação, […] ter ideias e soluções para os problemas que enfrenta. A gente tem que buscar essas soluções e, a partir delas, contribuir para fixar jovens, empresários, trazer capital – completou o Vice-reitor Acadêmico da Unoesc, Nelson Santos Machado.
O Seminário de Ciência, Tecnologia e Inovação teve o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Cientifico e Tecnológico (CNPq), do Inovale, da ACIOC, da Incubadora Tecnológica de Luzerna e das empresas Tirol e Valor e Foco.