Unoesc planeja criar serviço de cirurgia cardíaca no HUST

Na sexta-feira (2) reuniram-se, na Unoesc, representantes da Universidade, do Hospital Universitário Santa Terezinha (HUST), do Instituto Coração & Saúde (Procárdio) juntamente com o doutor Paulo Roberto Slud Brofman, um dos principais cardiologistas e estudiosos da área no Brasil. O assunto em pauta foi a criação de um serviço de cirurgia cardíaca a ser implantado dentro do hospital e desenvolvimento de estudos para pesquisas nessa área. As doenças cardiovasculares representam hoje a maior causa-morte no Brasil. Dr. Paulo é presidente do Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná (Fundação Araucária) e tem também longa experiência acadêmica.

O Reitor da Unoesc, professor Aristides Cimadon, fez a saudação a todos os presentes e contou que este é um projeto que se ventila há 16 anos, e agora entra em uma nova fase com a ampliação da estruturação do hospital nestes anos todos e também com a provável oferta de cursos que podem vir a usufruir deste serviço.

— Hoje, o HUST é referência em alta complexidade em Oncologia e Neurociruriga e em média complexidade em quase todas as outras especialidades. Além disso, somos um Hospital de Porta Aberta para o atendimento de Urgência e Emergência numa região que abrange 55 municípios, alcançando cerca de 600 mil habitantes —  aponta o Diretor Geral do Hust, Alciomar Antonio Marin.

O professor Marin fez a apresentação de um relatório abordando dados operacionais do HUST.

— A conversa sobre a oferta deste serviço de cardiologia acontece há muito tempo, porém, na época em que começamos as tratativas, o hospital não comportava tal atendimento, mas agora acreditamos que há condições para implementar este projeto — relata o Dr. Dantas.

Com 45 anos de medicina, o Dr. Paulo Roberto Slud Brofman conta que a sina das doenças cardiovasculares serem a maior causa-morte é uma realidade tanto nos países desenvolvidos quanto subdesenvolvidos. Ele afirma que não há mais o limitador de idade para tais cirurgias. A nova fase da cirurgia passa pela estrutura hospitalar e de UTI, além de outras necessidades. 

— Se me derem a oportunidade, eu quero participar deste projeto. O paciente tem alma, tem coração, tem pai e mãe, por isso há que se preservar o compromisso social da medicina — conclui Brofman.