Curso de Farmácia coletará medicamentos vencidos

O curso de Farmácia da Unoesc São Miguel do Oeste coletará, no próximo sábado (24), medicamentos vencidos. Os pontos de coleta estarão distribuídos, durante o período matutino, nos supermercados Treviso, Alfa, Vipi e Ítalo. Além disso, a população poderá aferir a pressão arterial. A atividade comemora o Dia Internacional do Farmacêutico.

No dia, não serão coletados medicamentos sujeitos ao controle especial, psicotrópicos e entorpecentes. Segundo o coordenador do curso de Farmácia, professor Everton Boff, os medicamentos coletados serão encaminhados para a incineração. Boff alerta que, quando o descarte é feito no lixo comum, há possibilidade de contaminação do solo e da água, gerando um grande risco de contaminação à população. Para que esse problema não ocorra, as pessoas devem entregar os medicamentos aos serviços da saúde.

A população também precisa ficar atenta para não ingerir medicamentos vencidos.

— O uso desses medicamentos pode trazer diversos danos à saúde, já que  pode perder a sua biodisponibilidade e bioequivalência, em relação ao não vencido. Assim, é perdido totalmente ou parcialmente seu efeito farmacológico — alerta Boff.

Os riscos do uso incorreto

O uso incorreto de medicamentos já é considerado um problema de saúde pública mundial. Segundo o Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), desde 1996, os remédios estão em primeiro lugar no ranking de agentes causadores de intoxicações no Brasil.

Quando a dor surge é comum as pessoas recorrerem a analgésicos e anti-inflamatórios sem recomendação médica e farmacêutica para se livrarem da dor. Entretanto, a automedicação é um comportamento perigoso. O uso de remédios sem orientação profissional pode camuflar determinados sintomas da doença, fazendo com que ela evolua.

— O efeito farmacológico é um efeito bioquímico que busca resgatar a homeostasia, ou seja, trazer a normalidade fisiológica perdida. Dessa forma, podem-se camuflar os sintomas e o estado de doença piorar, evoluindo para estados mais graves — explica o professor Everton Boff.