Estudantes relatam experiências enriquecedoras em intercâmbio na África e Europa
O Programa de Intercâmbio é uma oportunidade para os estudantes da Unoesc desenvolverem competências acadêmicas e profissionais, conhecer culturas, tradições e idiomas de outros países. Os estudantes de Psicologia da Unoesc Pinhalzinho, Kethlin Carraro e Jeferson Pereira, estão há pouco mais de dois meses participando do intercâmbio e garantem que a experiência é enriquecedora. Kethlin […]
Publicado em 23/10/2014
Por Unoesc
O Programa de Intercâmbio é uma oportunidade para os estudantes da Unoesc desenvolverem competências acadêmicas e profissionais, conhecer culturas, tradições e idiomas de outros países. Os estudantes de Psicologia da Unoesc Pinhalzinho, Kethlin Carraro e Jeferson Pereira, estão há pouco mais de dois meses participando do intercâmbio e garantem que a experiência é enriquecedora.
Kethlin faz intercâmbio em Moçambique, onde estuda na Universidade Eduardo Mondlane. Ela conta que optou por Moçambique porque estava cansada de ouvir falar da miséria e das desigualdades sociais e ficar de braços cruzados.
— Sentia a necessidade de conhecer e sentir o contexto africano. Não queria, apenas, seguir o fluxograma das sociedades modernas, que optam pelo prestígio e comodidade em viajar para outros lugares. Em Moçambique, já visitei pontos turísticos, mas também visitei o ‘gueto’, onde nenhum turista visita. No ‘gueto’, olhei nos olhos das pessoas e senti o desprezo que elas têm em relação a minha imagem simbólica de colonizadora e senti o que o capital faz com as pessoas — destaca a acadêmica, salientando que, mesmo assim, foi muito bem recebida pela população africana.
A estudante de Psicologia diz que se entristece ao saber que as pessoas julgam e criam uma imagem pejorativa de Moçambique e de todo o continente africano. Entretanto, Kethlin acredita que é possível viver em um mundo mais justo.
— Para isso, precisamos nos conscientizar das injustiças que cometemos e acabar com este condicionamento, alojado em nosso imaginário, de reproduzirmos a lógica mecanicista da vida. Precisamos olhar para o próximo com compaixão e não acordar com medo de viver — conclui Kethlin, que mora em uma residência estudantil com mais 11 estudantes do Brasil, Áustria, Holanda e México.
Portugal
Quando Jeferson Pereira chegou em Portugal, para estudar na Universidade do Minho, deparou-se com uma situação que ele descreve como atípica: longe de casa e em meio a cenários com belas paisagens e monumentos históricos. Ele detalha que sentiu medo, mas a vontade e a curiosidade em aprender foram maiores.
— Estou tendo uma visão mais aprofundada sobre o ser humano e sobre as pequenas coisas da vida, como cozinhar ou comer algo. Esta oportunidade me fez ver o quanto o mundo é grande e como somos pequenos diante dele — relata o acadêmico, que está na cidade de Braga.
Na Residência Universitária Santa Tecla, Jeferson tem a oportunidade de morar e conviver com pessoas de outras nacionalidades como, italianos, colombianos, japoneses, franceses e gregos. Para Jeferson, os portugueses são mais formais e não são tão calorosos e receptivos como os brasileiros. O acadêmico destaca que esta miscigenação é importante para que se possa ver e sentir de perto a diversidade do ser humano. Com apenas dois meses de intercâmbio, Jeferson diz que já tem uma visão mais científica sobre os estudos psicológicos e métodos de investigação.
Como participar
Nos últimos quatro anos, 86 estudantes da Unoesc já participaram do Programa de Intercâmbio. Atualmente, 10 acadêmicos estão participando do Ciências Sem Fronteiras e 15 do Programa de Mobilidade Acadêmica da Unoesc. Estes alunos estão estudando em instituições de Portugal, Moçambique, Espanha, Chile, Estados Unidos, Alemanha, entre outros. O intercâmbio tem duração de, em média, seis meses.
O aluno interessado em participar deve ter concluído 50% do curso, ter média integralizada acima de 70 e comprovar proficiência na língua estrangeira. Maiores informações podem ser obtidas no site.